#Club&Casa Home – Frescor praiano penetra nas dependências desta descolada casa de férias -

Materiais naturais, tons de areia e do mar conspiraram para a criação desta casa digna dos ares litorâneos.

Texto: Giulia Esposito
Fotos: Henry Lopes/Divulgação

A poltrona Tibet, de Eduardo Bortolai, foi escolhida a dedo para compor o cantinho de leitura, que fica sob a escada, solicitado pela anfitriã. Na parede, estendendo-se até a saída para a varanda, estão as
andorinhas de aço carbono, da série homônima do designer Rapha Preto, aludindo ao céu litorâneo.

O perfil de casa urbana não era condizente com o sobrado de 400 m², em Riviera de São Lourenço (Bertioga), utilizado como refúgio de veraneio por um casal e seus filhos jovens. Por isso, o trio formado pela designer de interiores Raira Ciribelli, o arquiteto Djalma Duca e o paisagista Uilame Miranda, do escritório Conceittus Arquitetura e Paisagismo, colocou as ‘mãos na massa’, trazendo ao imóvel modernidade e organicidade.

Dentro do conceito, foram utilizados materiais naturais, como tapetes de sisal, tecidos de linho, seda e algodão e madeira de reflorestamento, além de prioridade à iluminação natural. O paisagismo também foi privilegiado com a utilização de espécies tropicais no entorno da casa, para torna-la mais reservada, assim como a integração entre as áreas externa e interna e a criação de espaço com árvores frutíferas e horta para cultivo.

A paleta tonal é inspirada em elementos da natureza praiana, como o pôr do sol, a espuma aquosa do mar, o céu, as plantas e as conchas. “Não só as cores, mas todo o projeto é embasado na neuroarquitetura, na qual a ideia principal é que o cérebro desenvolva emoções e sensações, de modo a estimular os cinco sentidos de quem usa os espaços”, contextualizam os profissionais.

Para a integração total com a cozinha, a disposição da sala foi modificada e acabou ganhando amplitude. Na marcenaria, a alternância dos tons de cinza e amadeirado traz modernidade, ao passo que o tapete de sisal, ao delimitar a área da TV, acrescenta um toque reconfortante. Ao lado do espelho, sobre a parede verde, o quadro – do acervo pessoal, trazido do México – destaca-se com seus tons vibrantes.