#Aqui tem design – A natureza vira joia rara por meio do olhar da artista Fabiana Queiroga
Por Beto Cocenza*
Fotos: Cris Vidal (retrato) e Divulgação
Criativos concebem suas peças com fins objetivos: iluminar, sentar, adornar, solucionar uma questão que os incomoda e que pode atender a milhares de pessoas… Enfim, cada qual com seus pensamentos.
O impulso criativo parte de uma necessidade interna que incomoda, cutuca, distrai, atrai, mas que, no final do processo, na maioria das vezes, deixa a mente esteta e inquieta feliz. Quando se trata de observar a natureza e tentar eternizá-la, mesmo que a seu modo, as memórias afetivas brotam de um jardim ou horta cuidados pelos avós; na lembrança de buscar a bola que insistia em cair no quintal do vizinho, um japonesinho simpático, quebrando suas orquídeas carinhosamente cuidadas; numa visita a um jardim botânico.
Desperdiçar e se desfazer de plantas, originalmente seres vivos únicos e que já não atendem mais às necessidades festivas, estéticas e decorativas, é um grande erro. Tudo se transforma – e em direção ao belo.
A Fabiana Queiroga eterniza flores e plantas extraídas de suas zonas de conforto. Isto é, solo, troncos, musgos, lagos, seus habitats, onde têm seus principais alimentos e as deixa nuas… As eterniza com os mais nobres metais: ouro, prata e bronze. Uma sensualidade única que nos emociona e faz chorar.
Sua obras foram criadas para adornar paredes, espelhos, vasos, penteadeiras… Para mim, serão eternas joias de usar, adornos que nossos povos ancestrais já produziram em madeira, pedra e ouro. Meu desejo é que minha filha entre no templo que escolher para celebrar seu casamento carregando em suas mãos uma das joias mais lindas que já pude observar.
*Idealizador do BOOMSPDESIGNG, patrocinado pelo Club&Casa Design
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