Tarsila do Amaral no Moma

A primeira exposição da artista nos Estados Unidos reúne um acervo com mais de 100 obras

Tarsila do Amaral: inventando a arte moderna no Brasil, é o tema da exposição que está sendo realizada no Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA), desde o dia 11 de fevereiro deste ano. Antes disso, em 2017, passou pelo Instituto de Arte de Chicago (AIC).

Nascida no final do século XIX, Tarsila do Amaral foi um dos maiores pintores modernistas brasileiros. “Sim, pintores”, afirma Tarsilinha do Amaral, sobrinha neta da artista. A justificativa é que ao longo do tempo, por seu talento, passou a englobar os dois gêneros.

Filha de fazendeiro, Tarsila pode ser considerada uma mulher à frente de seu tempo. Nos anos de 1920, em Paris – capital onde viveu por anos –, teve o privilégio de participar de toda efervescência cultural da época. Tanto que em seu círculo de amigos estava Picasso e o músico Stravinsky.

Isso inspirou muito a maneira de Tarsila enxergar a arte. A partir daí, mudou, inclusive, sua forma de pintar, quando adotou o Cubismo em suas obras – movimento vanguardista europeu, cuja formas geométricas são utilizadas para retratar a natureza. Apesar da inovação, nunca deixou de valorizar o Brasil, as cores são uma prova disso: amarelo, azul, rosa, entre outras. “Consideradas caipiras, seus professores diziam que não deveriam ser adotadas, mas ela insistiu, pois simbolizavam sua origem na fazenda”, destaca Tarsilinha.

Ao todo são mais de 100 obras, incluindo pinturas, desenhos, cadernos, fotografias e documentos históricos extraídos de coleções em toda a América Latina, Europa e Estados Unidos. Entre as produções expostas estão “A Cuca”, “Antropofagia”, “Sol poente”, “A negra”, “Estudo de Composição”, “Operários”, “Abaporu”, entre outras. Organizada pelo Museu de Arte Moderna e pelo Instituto de Arte de Chicago, a exposição termina no dia 3 de junho.