#Club&Casa Home – Pegada industrial impera em espaço corporativo de uso esporádico -

Com spots aparentes e linguagem contemporânea, este escritório foi projetado para os tempos de
trabalho híbrido.

Texto: Victor Hugo Felix
Fotos: André Mello e Gabriel Ribeiro (retrato)/Divulgação

O teto de cimento queimado reforça a estética industrial do escritório. A iluminação natural invade o
ambiente, regulada por venezianas. O armário segue a linha cromática do painel ripado.

A pandemia e o isolamento social fortaleceram a prática do home office, mas os encontros presenciais ainda não se tornaram dispensáveis no mundo laboral. Um bom exemplo é este escritório localizado na Praia Grande (SP), focado em intermediação de negócios nacionais e internacionais, no qual 80% das atividades são feitas à distância; porém, quando necessário, os colaboradores precisam de espaço apropriado para receber os clientes.

Assim, o conjunto novinho em folha, de 39 m², apresenta um minimalismo contemporâneo, urbano, aliando a estética industrial à monocromia. A reforma é assinada pelo designer de interiores Maurício Queiroz, à frente do escritório Arbrê Arquitetura e Interiores.

O projeto luminotécnico é um dos pontos de destaque. “A ideia inicial de rebaixo de gesso foi descartada, para mantermos o pé-direito alto (2,73 m), dando a sensação de um espaço mais amplo”, ressalta o profissional. Foram utilizados eletroduto, spots de sobrepor e estrutura metálica, conferindo ao escritório um aspecto mais jovem e despojado.

Em razão do trabalho híbrido, não foi necessário implantar uma sala de reunião completa e privativa. Maurício preferiu seguir a ideia de espaços integrados, com uma compacta estação de trabalho feita em carvalho ebanizado. Em uma das paredes, ao lado da ampla janela, foi alocado um armário para almoxarifado e armazenamentos internos. As mesas ganharam passagens estratégicas de tomadas, cabos e carregadores. Dessa forma, o projeto privilegia a funcionalidade e a sobriedade, garantindo boas condições de trabalho.