Pavilhão do Brasil é um dos destaques da Bienal de Arte de Veneza, com a participação de seis artistas

 Jonathas de Andrade, um dos mais influentes da sua geração, é uma das referências com mostra inusitada. A participação de brasileiros é a maior em muitos anos.

Jonathas de Andrade na instalação “Com o coração saindo pela boca” (2022), no Pavilhão Brasileiro. | Foto: Divulgação

Nosso país está com a sua maior e mais significativa representação na Bienal de Arte de Veneza, na Itália, dos últimos anos. O Pavilhão do Brasil, construído em 1964 a partir de um projeto de Henrique Mindlin e mantido pelo Ministério das Relações Exteriores, apresenta para o mundo as criações do artista alagoano Jonathas de Andrade. Ele leva para a Biennale um trabalho inédito intitulado Com o coração saindo pela boca. A exposição é inspirada em expressões populares que usam partes do corpo humano para criar metáforas como “nó na garganta”, “cara de pau”, “olho do furacão”, “das tripas coração”, “de braços cruzados”, “empurrar com a barriga”, entre outras. O artista foi selecionado por Jacopo Crivelli Visconti, curador da participação nacional na mostra.

Outros cinco artistas brasileiros também participam da 59ª edição: Lenora de Barros, Luiz Roque, Rosana Paulino, Solange Pessoa e o artista indígena Jaider Esbell, falecido no final do ano passado, vítima da Covid-19.

A prerrogativa da Fundação Bienal de São Paulo na realização da representação oficial do Brasil na 59ª Mostra Internacional de Arte da Bienal de Veneza é fruto de uma parceria com a Secretaria Especial da Cultura.

A primeira participação do Brasil no evento internacional foi em 1950, na 25ª edição, e coincidiu com a criação do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM), por Ciccillo Matarazzo. Cada um dos países têm suas próprias políticas a respeito da curadoria dos artistas que estão em Veneza. No início, o MAM passou a ser oficialmente responsável por essa seleção até 1963, quando a Fundação Bienal, recém fundada e separada do Museu, passou a coordenar essa atividade até os dias de hoje.

A mostra “Com o coração saindo pela boca“, de Jonathas de Andrade. Foto: Divulgação.

A mostra “Com o coração saindo pela boca” de Jonathas de Andrade. Foto: Divulgação.
A mostra “Com o coração saindo pela boca,” de Jonathas de Andrade. Foto: Divulgação

PAVILHÃO DO BRASIL NA BIENNALE ARTE 2022
Curadoria: Jacopo Crivelli Visconti
Participantes: Jonathas de Andrade, Lenora de Barros, Luiz Roque, Rosana Paulino, Solange Pessoa e o artista indígena Jaider Esbell (in memorian)
Local: Pavilhão do Brasil
Endereço: Giardini Napoleonici di Castello, Padiglione Brasile, 30122, Veneza, Itália
Data: 23 de abril a 27 de novembro de 2022

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