#Club&Casa Home – Projeto com conceito jovem e descolado, prioriza soluções amigáveis ao meio ambiente

A reforma em sobrado de 170 m² incluiu ainda reforço e restauração na parte estrutural e reaproveitamento de materiais, evitando a produção desnecessária de entulho.

Texto: Angela Villarrubia

Fotos: Henrique Ribeiro/Divulgação

No estar integrado à cozinha, os móveis em couro e madeira são assinados por designers consagrados, como o sofá Less, do Estudiobola. Os quadros são da Urban Arts. Iluminação: Ilumine Ligth.

Flexibilidade e versatilidade dos espaços, elegância, aconchego e integração total foram alguns dos pedidos do cliente que queria reformar a casa com área construída de 170 m² (lote total de 200 m²), em São Caetano do Sul, e que contou com elaborado projeto da arquiteta Silvia Maria Giannini Nogueira Pires, do escritório Silvia Pires Arquitetura.

A reforma incluiu a substituição ou fortalecimento da parte comprometida da estrutura, expondo-a por completo: na parte superior, as vigas metálicas e o telhado de madeira, além das paredes de tijolos maciços originais, foram restaurados, reaproveitando materiais e, dessa forma, evitando a produção desnecessária de entulho. A morada foi reordenada, com alteração de estruturas, fluxos, usos e disposições.

A nova solução passa a empregar pórticos, compostos por vigas e pilares metálicos, eliminando uma parte das tradicionais paredes estruturais e enfatizando os espaços integrados e as generosas aberturas. A profissional também fez escavação e retirada de terra nas partes inferiores, aproveitando melhor os níveis do lote, e executou o levantamento de um muro de arrimo, garantindo a estabilidade. Dentro do espírito sustentável, houve a instalação de cisterna para a captação e distribuição das águas-cinzas, para reuso, e instalação de equipamentos hidráulicos de racionalização do gasto.

Outro ponto-chave foi a adoção de materiais que dispensam a necessidade de manutenção permanente ou substituição perene, como concreto, aço, alumínio, ACM, pedra e vidro. O objetivo principal do projeto luminotécnico foi valorizar ao máximo a luz natural, direta e indireta, por meio de recortes e vazios. A implantação de pontos focais teve como objetivo ressaltar as texturas ou iluminar os locais de uso constante, que demandam mais claridade, como bancadas, armários e estantes.

A iluminação é completamente feita a partir de lâmpadas ou filamentos de LED. “Todas as peças foram escolhidas a dedo, favorecendo a construção de um ambiente interessante, referência na arquitetura e design contemporâneos, além das demandas cada vez mais gritantes do meio-ambiente”, finaliza a arquiteta.

No lado oposto do estar, destaque para a parede em cimento queimado e mais uma peça assinada; a poltrona com banqueta Senhor, do arquiteto
Bernardo Figueiredo

A cozinha tem conceito moderno e segue a mesma linha industrial. Um bancão em inox faz duo com a bancada em madeira em estilo rústico.

A área externa foi integrada à cozinha e dividida por uma porta de correr em madeira ripada.

Materiais reaproveitados tomam conta da suíte, como as composições estruturais em madeira e os tijolos restaurados. A área ao fundo era da antiga cozinha; seus azulejos foram retirados, mas a argamassa foi conservada, beneficiada com a aplicação de resina. A parede divisória é de mosaico de pedra e acolhe TV, som e infraestrutura do ar-condicionado.

Todos os fechamentos da morada têm vidros de proteção solar, e não seria diferente no banheiro da suíte. Louças e metais: Horus Acabamentos.

A arquiteta Silvia Maria Giannini Nogueira Pires.

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